A doença não é contagiosa e raramente se acompanha de complicações graves.
A psoríase afeta cerca de 250 mil portugueses e pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas mais frequentemente, desenvolve-se em pessoas entre 15 e 30 anos. As causas exatas da psoríase permanecem desconhecidas, mas hoje sabe-se que pode ser desencadeada por stress emocional, infeções, álcool, alguns tipos de medicamentos e/ou lesões de pele.
A razão pela qual a pele se apresenta descamativa em pacientes com psoríase é que as células da pele se multiplicam 6 vezes mais rápido do que o normal. Assim, as células nas diferentes camadas da pele não amadurecem e não formam a superfície macia e lisa que ocorre na pele com regeneração normal. Por se multiplicarem tão rapidamente, os vasos sanguíneos expandem-se e, portanto, as manchas descamativas costumam ficar avermelhadas e irritadas.
O tratamento atual para a psoríase varia muito passando por cremes, pomadas e champoos, injeções, tratamentos com raios ultravioleta e terapêutica farmacológica.
Um estudo recente da Manchester University analisou o efeito de um novo medicamento em 2.500 pacientes com psoríase e 90% mostraram melhoria significativa. 40% dos pacientes ficaram sem placas descamativas de psoríase após 12 semanas de tratamento. Metade dos participantes recebeu o novo medicamento Ixekizumab, enquanto a outra metade recebeu um placebo ou um tratamento de psoríase amplamente utilizado, denominado etanercept.
Cerca de metade dos pacientes tratados com Ixecizumabe apresentaram melhoria logo na quarta semana do estudo e cerca de 71% apresentaram melhoria significativa dos seus sintomas.
As consequências visíveis causadas pela psoríase não afetam apenas a pessoa fisicamente, tendo também um impacto negativo na sua confiança e na autoestima. E assim, para além das melhorias físicas, os investigadores também descreveram melhorias psicológicas. Os pacientes tratados com Ixecizumabe apresentaram melhoria na qualidade de vida sendo que se sentiam mais confiantes e sofriam menos de complicações diárias, como prurido - apresentando uma melhoria mais significativa do que nos outros dois grupos.
A droga Ixekizumab é um anticorpo clonado que neutraliza os efeitos inflamatórios da interleucina, uma proteína da pele que transmite sinais para as células. Esta proteína em particular tem-se vindo a revelar como uma das causas da psoríase, pois desencadeia a resposta inflamatória que causa as manchas avermelhadas e descamativas. Em março de 2016, o medicamento foi aprovado pela FDA para pacientes com psoríase moderada a grave. FDA é a "Food and Drug Administration" dos EUA que protege a saúde pública, garantindo a segurança, eficácia e segurança de medicamentos humanos e veterinários, vacinas e outros produtos biológicos para uso humano e dispositivos médicos. A FDA, no entanto, alerta que esta terapêutica pode reduzir a capacidade do corpo de combater infeções, pois afeta o sistema imunológico.