Aproximadamente 1.700 pessoas são diagnosticadas com linfoma não-Hodgkin em Portugal, por ano.
O linfoma não-Hodgkin é um tipo de cancro que surge nos gânglios linfáticos do paciente. Existem 30 subtipos diferentes de cancro dentro desta categoria de linfoma não-Hodgkin.
Causas
Existem várias teorias sobre o que pode causar o linfoma não-Hodgkin, mas na maioria dos casos, os médicos desconhecem a sua causa.
Segundo a Cancer Research UK, os pacientes com hepatite C apresentam um risco duas a três vezes maior de desenvolver a doença, enquanto os pacientes com hepatite B não parecem ter um risco acrescido. Outras doenças infeciosas, como a mononucleose infeciosa e a infeções gástricas estão associadas tanto ao linfoma não-Hodgkin como a outros tipos de cancro.
Para indivíduos com um sistema imunitário comprometido, estas doenças podem desencadear um processo que pode resultar em cancro, mas é extremamente raro que isso aconteça. Além disso, os investigadores também salientam que o excesso de peso é um fator de risco para o desenvolvimento de cancro, no entanto com evidência reduzida.
As quatro etapas
Existem quatro fases diferentes do linfoma não-Hodgkin:
Além disso, a doença está dividida em categorias A e B, dependendo se o paciente apresenta sintomas comuns causados pela doença. Estes podem incluir suores nocturnos, febre e perda de peso. Se o doente tiver linfoma não-Hodgkin de fase 1, mas não apresentar sintomas, chama-se 1A. Por outro lado, se o doente tiver estes sintomas, chama-se 1B.
Actividade
Para além disto, existem diferentes graus de atividade da doença.O linfoma não-Hodgkin está, portanto, também dividido em categorias de acordo com o quão agressivo é o cancro.
- Linfomas indolentes: Estes tipos de linfomas crescem lentamente e a progressão tem lugar ao longo de meses e anos.
- Linfomas agressivos: Estes tipos de linfomas crescem rapidamente e a progressão tem lugar ao longo de semanas e meses.
- Linfomas muito agressivos: Estes tipos de linfomas crescem muito rapidamente e a progressão tem lugar ao longo de dias e semanas
Tratamento
Em alguns dos casos em que o linfoma não-Hodgkin é assintomático, ou seja, os pacientes não apresentam sintomas, os médicos decidem não fornecer tratamento farmacológico. Em vez disso, os médicos acompanham de perto a progressão do cancro numa vigilância apertada. Isto é feito de forma a evitar os efeitos secundários que ocorrem com qualquer tipo de tratamento, por exemplo, com quimioterapia ou radioterapia.
A quimioterapia é a forma mais comum de tratamento utilizada em pacientes com linfoma não-Hodgkin. Se a doença for indolente, ou seja, de crescimento lento, o paciente necessitar apenas de uma quimioterapia chamada "quimioterapia suave". Isto significa que o tratamento ocorre em regime ambulatório, ou seja, sem hospitalização.
O tratamento consiste em comprimidos que ajudam a manter a doença controlada. Os efeitos secundários da quimioterapia ligeira são limitados, mas em alguns casos, os doentes referem cansaço e náuseas.
A quimioterapia mais forte consiste, geralmente, em seis a oito tratamentos com um intervalo de duas semanas entre si. Isto também pode ser feito em regime ambulatório, para que os pacientes possam manter o seu quotidiano. No entanto, quanto mais forte for a dose, mais difícil pode ser para o paciente manter uma vida diária normal. A dose é ajustada de acordo com o quão agressivo é o tipo de cancro.